domingo, 28 de junho de 2009

Poeminhas em série



Magia
Calor
na noite
e no dia.
Magia,
alegria.
Só energia.


Canto
O canto
fascina,
ensina.
No som,
no tom.
O dom.


Lua
Lua nua

brilha
na
trilha.

Lua tua

e minha.
Na rua.

Rabisco
Arrisco
o risco.

Rabisco.
Rostos
reais ou

virtuais.

Vento
Sem vento,
invento
voar.
Ousar
e
não
pensar.

Jibóia

Jibóia
contorna
a pista.

É só uma
planta
à vista.

Norte
Aposto

na sorte
meu norte.

Avanço
e lanço
o mote.


Foto: Regis Capibaribe



sexta-feira, 26 de junho de 2009

Meu verbo

Pombo correio voa,
ressoa meu verbo,
o verso.
Semeia, em
dimensões,
emoções, sensações.
Meu universo
interno, fraterno,
eterno.
Pombo correio voa,
ressoa meu verbo.
Diverso.





domingo, 21 de junho de 2009

São João na fazenda era melhor

Como era bom o São João! Uns 15 dias antes, o clima na fazenda era dominado pelos preparativos da festa. Licores, biscoitos, bolos de variados aromas e sabores eram feitos com capricho. Religiosamente todo ano, mesmo que ninguém de fora recebesse o convite para a noite junina, completavam o cardápio pernil e frango bem assados no forno à lenha.

Os pais, os irmãos, alguns tios e os trabalhadores da roça formavam o grupo para animar o 23 para 24 de junho. No final da tarde da véspera a fogueira era acesa. E o rádio movido a pilha espalhava o som dando a senha para o forró começar. Enquanto tinha um traque, uma chuvinha, uma cobrinha ou pequenas bombas, a garotada não saía do quintal embevecida com as brincadeiras. Só depois, alguns superavam a timidez e também arrastavam o pé.

Festa típica e espontânea, sem o barulho ensurdecedor no salão nem o tempero artificial nos pratos de hoje. Nas fazendas vizinhas, as chamas das fogueiras apareciam como pontos luminosos aqui e acolá. O clima festivo, às vezes, convidava para a esticada até uma casa no outro lado do rio. Aí era um sobe e desce ladeira, ouvindo o canto das cigarras, para pegar a canoa. Tudo em busca de forró até o dia amanhecer.

Como era bom o São João! Ao som da sanfona e do pandeiro, todo mundo levantava poeira na sala de chão batido. Adultos, jovens, crianças. Idade não era problema na hora de dançar. Bastava perder a timidez, sentir a música invadindo os poros e balançar o corpo ao pé da fogueira. De vez em quando um licor. De vez em quando um quentão ou um café quentinho. Um biscoito, um pedaço de bolo...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Água viva


Sou assim.
Lenta,
calma,
intensa.
Onda vai,
onda vem.
Sou assim.
Onda viva.
Nasce,
morre,
revolve
e renasce.
Sou assim.
Mansa,
brava,
densa.
Sou assim.
maré calma,
maré brava.
Agua viva.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

MEC distribui R$ 90 mil em prêmios para escritores

Olha aí uma boa iniciativa para o mundo literário divulgada hoje (3 de junho) pela Agência Brasil: um concurso vai distribuir R$ 90 mil, em prêmios, para oito escritores brasileiros e um autor de país africano de língua portuguesa que desenvolverem livros voltados para alunos da educação de jovens e adultos (EJA). O Literatura para Todos é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e objetiva incentivar a produção de obras para o público adulto recém-alfabetizado.

Os interessados em participar têm até 20 de julho para fazer a inscrição. Mas devem prestar atenção para a exigência de que a obra deve ser inédita e ter de 30 a 40 páginas. São aceitos textos nas modalidades conto, novela, crônica, poesia, perfil biográfico, dramaturgia e textos da tradição oral. Além da publicação da obra, cada autor vencedor do concurso tem direito ao prêmio de R$ 10 mil. O MEC adverte que obras com temática religiosa, que tratem de conduta moral ou com abordagem preconceituosa, não são aceitas. Leia mais informações aqui.