terça-feira, 9 de novembro de 2010

MinC capacita agentes de leitura

 O Ministério da Cultura, por meio da Cátedra Unesco da Leitura - PUC/RJ, iniciou ontem  a primeira turma de Formação dos Capacitadores do Projeto Agentes de Leitura, que faz parte das ações do Programa Mais Cultura. Participam 30 profissionais que vão se preparar para capacitar os jovens em 19 municípios brasileiros. O evento continua até sexta-feira (12).

Os profissionais capacitados vão formar 619 agentes de leitura para atuar no projeto desenvolvido em 16 cidades do Rio de Janeiro, e também nos municípios de Nilópolis (RJ), Belo Horizonte (MG) e São Bernardo do Campo (SP), que assinaram convênios específicos. O processo de formação dos capacitadores é feito por meios de dinâmicas, aulas e palestras de especialistas em mediação de leitura selecionados pela Cátedra Unesco.

Os agentes são jovens entre 18 e 29 anos que visitam comunidades de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e desenvolvem atividades de estímulo à leitura, como contação de história, rodas de leitura, entre outras. Cada agente recebe uma bolsa de R$ 350 por mês e atua na própria comunidade, onde visita regularmente 25 famílias.

FUTUROS AGENTES
Os profissionais capacitados começam a repassar a formação aos futuros agentes ainda este mês. A primeira cidade que vai realizar a atividade é São Bernardo do Campo (SP), a partir do dia 22 de novembro. Na cidade paulista, os primeiros 272 agentes começam a atuar em janeiro do ano que vem. O município vai lançar, futuramente, edital para a seleção de outros 128 agentes.

A cidade de Nilópolis (RJ) está com as inscrições abertas para a seleção dos Agentes até o dia 22  próximo. Os capacitadores preveem formar os 24 jovens em fevereiro de 2011. Para os interessados em atuar no estado do Rio de Janeiro, as inscrições continuam até 10 de dezembro, com previsão de seleção de 200 agentes a partir de janeiro de 2011. Em Belo Horizonte, a previsão é que o edital para seleção de 123 agentes seja lançado ainda este ano.

O Programa Mais Cultura repassa os recursos aos estados e municípios, assim como a metodologia de seleção e formação dos Agentes de Leitura. Cabe aos estados e municípios a composição da contrapartida financeira e a implantação do projeto em seu território. O projeto é uma das estratégias do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) que busca a democratização do acesso ao livro e formação leitora. (Foto: Herivelto Batista)

sábado, 6 de novembro de 2010

Voo sem asas

 

 Vento na
janela
me leva
pra longe,
voo sem asas
rumo ao espaço
em outra
dimensão.

IDA...

Menina moça
passeia,
praça fervilha...
Rostos, formas,
tons e sons,
uma geração.
 Rapazes miram,
garotas rodam,
vêm e vão,
aperto de mão...
censura
em nome
de proteção.

VOLTA

Pés no chão,
vento sopra
na janela,
andar alto,
noite vazia,
outros sons,
outros tons,
só motores...

Imagem: Fotos-hz4





segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Presidenta ou a presidente, eis uma questão?


Com a eleição de uma mulher para ocupar o cargo de maior responsabilidade no País - a Presidência da República - entra em cena novo debate: como denominar sua função? Presidente, presidenta, eis a questão! 

Antes de qualquer tese sobre o tema, vamos à etmologia da palavra com base no Wickionário: o termo tem origem no latim praesidens (presidente, líder), que é o particípio do verbo praesidere, formado pelo sufixo prae (antes) mais sidere (sentar)

Alguns dicionários já acolhem a expressão presidenta como significado de mulher que exerce função de presidente, a exemplo do Dicionário do Aurélio. Mas não existe consenso quanto a esse uso. No dia a dia, o que se houve, ou escreve, é "a presidente" disso ou daquilo.

A Folha.com se adiantou e, já na noite do domingo (31), divulgou que vai utlizar a expressão presidente quando se referir a Dilma Rousseff. Segundo a Folha, durante a disputa eleitoral, a coordenação da campanha ensaiou o uso do termo  presidenta, mas pesquisas internas mostraram que a mudança não tinha impacto significativo a favor da então candidata.

Pela capa da edição especial da Carta Capital, que o site estampa nesta segunda-feira (1º),  a revista também prefere presidente. Tanto que o título é "Mulher e presidente". A Istoé igualmente faz essa escolha conforme a citação - "presidente eleita Dilma Rousseff" - na matéria intitulada "Tom conciliador de Dilma contrastou com fala de Serra" publicada no site.

Em português, tanto faz usar uma forma ou outra, mas presidenta é menos comum e deixa a sonoridade pesada. Recordo-me de uma época em que um jornal baiano tentou aplicar o termo presidenta - quando se referia a uma dirigente de determinada instituição -, porém não pegou. 

Acho mais elegante, mais coloquial, mais simples adotar o termo "unisex" precedido do artigo feminino "a". Então por que não "a presidente" Dilma Rousseff? Vejo essa como a melhor opção. (Imagem: Carta Capital)