Giros, giros, giros. Saltos e saltos. Ela, 70 anos e mais. Ele, 35 e pouco. Mulher e marido fascinam quem está na festa. Outros casais na pista dividem o mesmo espaço, mas observam. Quem está sentado não tira o olho. Todos contemplam a dupla de professores, a entrega plena na dança de salão.
Bolero, valsa, samba, forró, salsa, lambada, axé... Qualquer música convida o casal. Melhor se o ritmo induz movimento rápido. O gestual, a sincronia, tudo na hora e no lugar certo. Mãos entrelaçam, soltam e se reencontram. Sem desviar o olhar, sem perder a intimidade, a celebração na dança.
Entre um passo e outro, esbanja criatividade para fascínio de quem está ao redor. Rápido ela dá outro e impressionante giro, dessa vez, bem acima do solo. Ele a envolve num abraço, a dança continua e a diferença de idade desaparece.
Os dois têm igual disposição quando chegam ao bar com música ao vivo sem a luz negra das boates. São frequentadores, e não atrações contratadas pela casa. Esses professores de dança de salão se divertem na noite fazendo o que mais gostam. Bailando, se reinventando em cada passo, na troca de olhares, sedução, prazer, fusão.
Da platéia, foco minha atenção nos bailarinos. Vivo o êxtase. Meu olhar segue todo cantinho do salão por onde eles rodopiam. E me vejo adolescente. Contemplo casais dançando no principal clube da cidade. Bolero, valsa, tango. Também forró, baião.
A banda acelera o ritmo, internalizo a música, sinto cada nota invadindo a respiração, os poros, face, braços, pernas, pés, o corpo, a mente, a alma. A timidez vai embora. Deixo a mesa vazia e rodopio no salão. (Foto: allfreephoto.com)
Bolero, valsa, samba, forró, salsa, lambada, axé... Qualquer música convida o casal. Melhor se o ritmo induz movimento rápido. O gestual, a sincronia, tudo na hora e no lugar certo. Mãos entrelaçam, soltam e se reencontram. Sem desviar o olhar, sem perder a intimidade, a celebração na dança.
Entre um passo e outro, esbanja criatividade para fascínio de quem está ao redor. Rápido ela dá outro e impressionante giro, dessa vez, bem acima do solo. Ele a envolve num abraço, a dança continua e a diferença de idade desaparece.
Os dois têm igual disposição quando chegam ao bar com música ao vivo sem a luz negra das boates. São frequentadores, e não atrações contratadas pela casa. Esses professores de dança de salão se divertem na noite fazendo o que mais gostam. Bailando, se reinventando em cada passo, na troca de olhares, sedução, prazer, fusão.
Da platéia, foco minha atenção nos bailarinos. Vivo o êxtase. Meu olhar segue todo cantinho do salão por onde eles rodopiam. E me vejo adolescente. Contemplo casais dançando no principal clube da cidade. Bolero, valsa, tango. Também forró, baião.
A banda acelera o ritmo, internalizo a música, sinto cada nota invadindo a respiração, os poros, face, braços, pernas, pés, o corpo, a mente, a alma. A timidez vai embora. Deixo a mesa vazia e rodopio no salão. (Foto: allfreephoto.com)
Graça,
ResponderExcluirQue bela crônica. A simplicidade de um momento que nos incita a "rodopiar no salão" de corpo, alma e memórias.
Abraços.