domingo, 19 de julho de 2009

Silêncio

Silêncio,
não absoluto,
mas intenso.
De novo
o aconchego
do ventre.
Só o vaivém
da respiração.
E o tic-tac
do coração.
Reencontro
interno
devolve paz.
Necessária,
oportuna
e bem-vinda.
Recolhimento,
e a lágrima seca.
Devolve a vida,
nasce este poema.
Que emerge
pronto.
Da escuta
atenta
do silêncio.
Da viagem,
sem roteiro,
ao útero.


(Ilustração: Stock photo: Blue Space Wave)




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