Com a eleição de uma mulher para ocupar o cargo de maior responsabilidade no País - a Presidência da República - entra em cena novo debate: como denominar sua função? Presidente, presidenta, eis a questão!
Antes de qualquer tese sobre o tema, vamos à etmologia da palavra com base no Wickionário: o termo tem origem no latim praesidens (presidente, líder), que é o particípio do verbo praesidere, formado pelo sufixo prae (antes) mais sidere (sentar)
Alguns dicionários já acolhem a expressão presidenta como significado de mulher que exerce função de presidente, a exemplo do Dicionário do Aurélio. Mas não existe consenso quanto a esse uso. No dia a dia, o que se houve, ou escreve, é "a presidente" disso ou daquilo.
A Folha.com se adiantou e, já na noite do domingo (31), divulgou que vai utlizar a expressão presidente quando se referir a Dilma Rousseff. Segundo a Folha, durante a disputa eleitoral, a coordenação da campanha ensaiou o uso do termo presidenta, mas pesquisas internas mostraram que a mudança não tinha impacto significativo a favor da então candidata.
Pela capa da edição especial da Carta Capital, que o site estampa nesta segunda-feira (1º), a revista também prefere presidente. Tanto que o título é "Mulher e presidente". A Istoé igualmente faz essa escolha conforme a citação - "presidente eleita Dilma Rousseff" - na matéria intitulada "Tom conciliador de Dilma contrastou com fala de Serra" publicada no site.
Em português, tanto faz usar uma forma ou outra, mas presidenta é menos comum e deixa a sonoridade pesada. Recordo-me de uma época em que um jornal baiano tentou aplicar o termo presidenta - quando se referia a uma dirigente de determinada instituição -, porém não pegou.
Acho mais elegante, mais coloquial, mais simples adotar o termo "unisex" precedido do artigo feminino "a". Então por que não "a presidente" Dilma Rousseff? Vejo essa como a melhor opção. (Imagem: Carta Capital)
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