Gostei tanto do texto 'Estou grávido, e agora?', assinado por Alberto Souza, que resolvi transcrever para o blog 'Boa Escrita'. Desenvolvedor e instrutor pela empresa Caelum, ele e Larissa são pais de Betinho, uma criança linda, alegre, curiosa e muito esperta.
Beto (o pai) narra de forma leve, concisa e com palavras simples sua vivência desde quando soube que o casal estava grávido, em setembro de 2015. Betinho, meu sobrinho-neto, nasceu no dia 9 de maio de 2016. Ele completa nove meses na quinta-feira (9) e já tem muita história para ser contada. O texto está publicado no blog Contos de um pai - Experiências do pai de Betinho.
'Estou grávido, e agora?'
Finalmente você e sua parceira(o) engravidaram, então o que era um
sonho distante continua um pouco distante, mas só nove meses agora :).
Esse é o último período que você tem para refletir sobre sua vida sem
ter alguém que necessita de você 24 horas por dia durante um tempo
indeterminado.
Quando Larissa (esposa) engravidou, para mim foi como um sonho que
começou a virar realidade. Eu sempre quis ter um filho, na verdade
queria ter alguns, mas ela barrou meu sonho em no máximo dois. Não posso
reclamar, ela sempre foi a ponta madura do relacionamento. Agora que a
primeira fase do sonho tinha virado realidade, eu tinha nove meses para me
preparar profissionalmente para ser pai.
Quando falo que precisei me preparar profissionalmente, quero dizer
ler livros, assistir documentários, procurar por estudos sobre bebês e
tudo mais. Essa sempre foi uma característica minha, nunca quis fazer
nada na base do “bumba meu boi”. Apesar que boa parte do mundo sempre
me falava que na hora que Betinho chegasse, tudo ia se resolver. “Ser
pai ou mãe é uma coisa que flui normalmente, não precisa de estudo…”
Posso dizer que para mim, tentar ficar preparado funcionou muito bem.
Acho que li uns seis livros sobre o assunto e, entre as várias dicas, as
que funcionaram muito bem para mim foram: seja empático, paciente e
honesto. Não vai ter jeito, seu filho(a) vai chorar, e vai chorar pelos
mais diversos motivos. Ele(a) também vai ficar algumas vezes sem querer
comer direito, sem querer dormir e tudo mais. Tudo isso, em escalas
diferentes para cada família, é verdade.
Para mim ajudou muito ficar pensando sobre isso durante os nove meses
:). Pensei que quando ele chegasse eu precisaria abdicar de parte do meu
tempo livre, mudar minha rotina de trabalho, sair menos com os amigos,
gostar de outras atividades e tudo mais. Também teve a parte de entender
que muita gente ia querer ajudar, os avós principalmente. Imagina você
deixar para pensar nisso só quando a criança nascer? Não ia funcionar
para mim não.
Meu resumo da ópera é: se está esperando um filho, tente se preparar
profissional e mentalmente. Na hora que ele(a) chegar, vai ser tanta
emoção que não vai sobrar tanto tempo para essa adaptação. Nasceu, você
já precisa estar pelo menos um pouco adaptado. E só lembrando, essa foi a
minha experiência :). Caso você tenha chegado aqui no final, deixa seu
comentário. Para fechar, meu objetivo é escrever com frequência, Betinho
já tem nove meses e muita coisa foi aprendida".
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