quinta-feira, 3 de março de 2011

Dita dor


 Dita dor,
ditador,
lá e aqui,
dita (s) dores,
sem respirar,
sem escutar,
sem sorrir,
maldita dor.
Dita dor,
ditador,
dita (s) dores.
Mente cruel,
coração de fel,
vida sem mel,
espalha a dor,
o ditador.
Psico(dor)
físico odor,
psico(mata),
psicopata.
 Lá e aqui,
maldita dor.
Vai pra longe
o ditador,
vem pra perto
bendito mel,
meu céu ...

Imagem: Flickr














2 comentários:

  1. Oi Graça. Recentemente li uma citação de Saramago sobre o processo do labor literário. Discordo quando ele diz que não existe inspiração e é só trabalho, "transpiração". Tem que haver um algo mais que não é, sem dúvida, algo transcendental. Mas,acho eu, instantes de percepção de fragmentos dos discursos que formaram e estão a formar os nossos pensamentos,a nossa vivência psicosocial.
    O que acha?.

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  2. Sérgio,

    É por aí mesmo. Não percebo o processo criativo como um trabalho na compreensão estrita do termo. Existe algo mais sim. De minha parte, as vivências se juntam ao que emerge da alma, das sensações, dos gritos ou das gargalhadas vindas das entranhas.

    Grande Abraço e bom Carnaval,
    Graça

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